Combates opõem elementos do Movimento para a Igualdade e Justiça à ala Minni Minawi do Exército de Libertação do Sudão; 2 mil civis morreram em Darfur desde o estabelecimento da Unamid o ano passado.
Carlos Araújo, da Rádio ONU em Nova Iorque.
O representante da ONU e da União Africana em Darfur, Rodolphe Adada, manifestou a sua preocupação pelos recentes confrontos armados entre várias facções no norte da conturbada região sudanesa.
Ele apelou na terça-feira aos grupos rebeldes, Movimento para a Igualdade e Justiça e à ala Minni Minawi do Exército de Libertação do Sudão para acabarem com as hostilidades na localidade de Umm Baru, no Darfur Norte.
Tratamento Médico
Adada revelou que a missão da ONU e da União Africana, Unamid, transportou 26 feridos para tratamento médico no hospital militar em El Fasher, capital da província.
O chefe da Unamid revelou numa reunião do Conselho de Segurança, o mês passado, que cerca de 2 mil civis foram mortos em Darfur desde o estabelecimento da missão conjunta de paz em Janeiro de 2008.
15 capacetes azuis também morreram desde que a missão conjunta da ONU e da União Africana foi mandatada para proteger a população civil de Darfur.
Conflito Civil
Segundo números da ONU, cerca de 300 mil pessoas foram mortas e outras 2,7 milhões deslocadas naquela província ocidental do Sudão desde a eclosão de um conflito civil em 2003.
O Programa Alimentar Mundial, PAM, revelou na terça-feira ter começado a distribuição de comida para o mês de Maio, nas áreas mais afectadas pela expulsão das 13 ONGs internacionais, no mês de Março.
A medida foi tomada após o indiciamento do presidente Omar Al-Bashir, pelo Tribunal Penal Internacional, por crimes de guerra e contra a humanidade. Ele nega todas as acusações.