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ONU quer acesso à zona de conflito no Sri Lanka BR

ONU quer acesso à zona de conflito no Sri Lanka

Anúncio foi feito pelo Secretário-Geral, Ban Ki-moon, durante entrevista a jornalistas quinta-feira em Bruxelas; um dia antes, o Conselho de Segurança pediu a evacuação dos civis da área dos combates.

Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.*

As Nações Unidas estão enviando uma missão humanitária ao Sri Lanka para avaliar a situação dos civis presos numa área de combates no nordeste do país.

O anúncio foi feito pelo Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, na quinta-feira, durante uma entrevista a jornalistas em Bruxelas, na Bélgica.

Independência

Ban disse que o grupo deve partir para o país do sul da Ásia imediatamente. Ele também pediu acesso à zona de conflito. O objetivo da missão é avaliar a situação e levar ajuda aos civis.

De acordo com a ONU, pelo menos 50 mil pessoas estão presas no meio do fogo cruzado entre tropas do governo cingalês e separatistas do grupo Tigres de Libertação do Tâmil Eelam, na região de Vanni. O grupo luta por independência há mais de 25 anos.

A equipe despachada por Ban quer acesso à area reduzida agora para 5 km2. O envio foi acertado com o presidente do Sri Lanka, Mahinda Rajapaksa, e o enviado de Ban Ki-moon, Vijay Nambiar.

Dois Lados

O Secretário-Geral da ONU disse que os rebeldes devem entregar suas armas e proteger os civis.

Para Ban, não existe mais tempo a perder. Ele pediu aos dois lados que respeitem a lei humanitária internacional e que permitam o acesso de agências de auxílio às vítimas do conflito.

Na quarta-feira, o Conselho de Segurança da ONU se reuniu, a portas fechadas, para discutir a situação no Sri Lanka.

Após o encontro, o presidente rotativo do conselho e embaixador do México, Claude Heller, condenou o uso da violência pelos rebeldes.

O Conselho de Segurança disse que os Tigres do Tâmil têm que "renunciar ao terrorismo e permitir que os civis sejam evacuados da área com a ajuda da ONU."

Segundo agências de notícias, milhares de pessoas já morreram nos combates e mais de 10 mil teriam sido feridas.

*Apresentação: Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.