Energia geo-térmica é alternativa para África austral (Português para a África)
Trata-se de uma fonte de energia não poluente e abundante no Vale do Rift, que vai de Moçambique ao Djibuti; Pnuma diz que a sua exploração pode significar electricidade a baixo preço para dois milhões de africanos.
João Rosário, da Rádio ONU em Nova Iorque.
O Programa das Nações Unidas para o Ambiente, Pnuma, participa num projecto no Quénia que poderá aproveitar a energia geo-térmica para produzir electricidade para toda a região entre Moçambique e o Djibuti.
O Pnuma anunciou que os resultados dos primeiros testes sismícos e de perfuração dos solos superaram todas as expectativas.
Electricidade
A experiência confirmou que o vapor libertado do interior do solo em algumas regiões do vale do Rift pode gerar entre 4 e 5 MW de electricidade e apenas uma das fontes tem capacidade para gerar 8 MW que, transformados em energia eléctrica, são suficientes para iluminar cerca de 5,7 mil casas.
O Pnuma acredita que a exploração da energia geo-térmica pode significar uma poupança de até US$ 75 milhões na construção de uma unidade transformadora de energia capaz de debitar 70 MW, ao mesmo tempo que pode reduzir os custos da electricidade para os consumidores.
Investidores
O director-executivo do Pnuma, Achim Steiner, declarou que a exploração das fontes geo-térmicas “são uma forma de combater as mudanças climáticas ao mesmo tempo que se pode fornecer electricidade a dois milhões de pessoas”.
O Pnuma espera reunir ao longo de 2009 investidores interessados em explorar as fontes de energia geo-térmica ao logo do vale do Rift, que se estende, de norte para sul, desde Moçambique até ao Djibuti.
A energia geo-térmica é uma fonte não poluente, aproveita o vapor de água liberdado do interior do solo a altas temperaturas para a sua transformação em electricidade.