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Ban condena ataque que matou dois em Gaza BR

Ban condena ataque que matou dois em Gaza

Primeira vítima morreu na hora e segundo após ser socorrido; agência da ONU suspendeu ajuda devido ao perigo; comboio atingido por míssil, em Erez, estava marcado com bandeira da organização.

Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.

O Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, condenou o ataque de Israel a um comboio de ajuda humanitária que matou dois motoristas, na manhã desta quinta-feira, em Gaza. O veículo foi atingido por mísseis lançados de um tanque de guerra no cruzamento de Erez.

A Agência de Assistência aos Refugiados Palestinos, Unrwa, informou que está suspendendo sua operação de ajuda humanitária à Faixa de Gaza devido ao perigo na região. O comboio era de uma empresa de transporte que prestava serviços à ONU.

Decisão

O primeiro motorista morreu na hora. O segundo, que sofreu ferimentos graves, não resistiu, como contou à Rádio ONU, de Jerusalém, o encarregado de informação da Unrwa, Johan Eriksson,

Ele disse que a primeira vítima fatal se chamava Bassim Khutta, tinha 32 anos e era de Gaza. Uma terceira pessoa ferida conseguiu escapar com ferimentos leves.

O porta-voz afirmou que o incidente desta quinta-feira e a morte de dois outros trabalhadores da mesma empresa contratada pela ONU forçaram a Unrwa a tomar a decisão de suspender, temporariamente, a entrega de ajuda humanitária em Gaza.

Trigo

O Secretário-Geral da ONU disse que a organização está trabalhando com autoridades israelenses para investigar o que aconteceu.

Ban voltou a pedir o cessar-fogo imediato na região.

Um dia antes do incidente que causou a morte dos motoristas, duas agências da ONU, o Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, e o Programa Mundial de Alimentos, PMA, haviam entregado água potável e kits de primeiros-socorros.

O PMA informou que conseguiu fornecer trigo para várias padarias de Gaza.

E mais 150 caminhões com cerca de 4,5 mil toneladas estavam esperando para entrar na região.

O conflito em Gaza já matou pelo menos 683 pessoas e deixou 3 mil feridas.