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PMA pede mais segurança para pessoal na Somália BR

PMA pede mais segurança para pessoal na Somália

Programa Mundial de Alimentos diz que terá que se ausentar de áreas sem garantias; dois funcionários da agência foram mortos no início deste mês.

Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.

As Nações Unidas pediram a autoridades locais e grupos armados do sul e do centro da Somália garantias claras de segurança para o pessoal do Programa Mundial de Alimentos, PMA, no país.

O vice-chefe de Operações da agência para a Somália, Ramiro Lopes da Silva, pediu aos líderes comunitários que assumam compromissos para evitar incidentes.

Em Serviço

Ele disse que o PMA irá suspender a distribuição de alimentos em áreas onde não houver garantias.

No início deste mês, dois funcionários da agência da ONU, em serviço, foram mortos na Somália.

Lopes da Silva disse que o assassinato de dois empregados num espaço de três dias levou à agência a pensar em suspender a distribuição de comida, mas o PMA decidiu continuar por causa da precária situação dos somalis, principalmente mulheres e crianças.

Governo

Os dois homens, um de 49 e outro de 44 anos, foram mortos quando distribuíam ajuda humanitária.

A Somália, no leste da África, está sem um governo efetivo desde 1991, quando o ex-presidente Mohamed Siad Barre deixou o poder.

Cerca de 3,2 milhões de pessoas, o equivalente a mais de 40% da população precisam de ajuda humanitária para sobreviver.

Segundo a ONG Anistia Internacional, no ano passado mais de 40 ativistas e trabalhadores de direitos humanos foram atacados e assassinados na Somália.