Moçambique e Angola reforçam importância de ajuda em Doha
Governos de Moçambique e de Angola participam da conferência da ONU sobre financiamento ao desenvolvimento em Doha, no Catar, com o objectivos similares. Ambos os governos querem o cumprimento das promessas de Monterrey, apesar da crise financeira internacional.
João Rosário, da Rádio ONU em Nova York.
A primeira-ministra de Moçambique, Luísa Diogo, defendeu em Doha, no Catar, na Conferência sobre o Financiamento ao Desenvolvimento organizada pelas Nações Unidas, que a crise financeira internacional não deve justificar uma diminuição nas verbas disponibilizadas pelos países mais desenvolvidos para a cooperação com os estados mais pobres.
Pedido
Luísa Diogo frisou à Rádio ONU, de Doha, o que espera da conferência internacional.
“A crise internacional financeira não pode continuar a servir de pretexto para não se continuar a aumentar as contribuições dos países desenvolvidos para o que é a sua solidariedade para com os países em desenvolvimento”, disse.
Já a ministra angolana do Planeamento, Ana Dias, que disse à Rádio ONU que espera do encontro internacional o relançamento dos princípios acordados em 2002, na cidade de Monterrey, no México, para a ajuda aos países menos desenvolvidos, e que, para a ministra angolana, não estão a ser cumpridos.
“Que se reafirmem os compromissos definidos e os mecanismos de financiamento que constam do consenso de Monterrey. Por outro lado que se aprofundem as alternativas de financiamento para os países em vias de desenvolvimento, aos países africanos e, em particular, para Angola”, disse.
A Conferência sobre o Financiamento ao Desenvolvimento foi presidida pelo Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon. Referindo-se à actual crise financeira mundial, Ban pediu esforços efectivos para assegurar que a emergência de hoje não se torne numa crise humanitária amanhã, com consequências devastadoras para os países mais pobres.
A Conferência de Doha pretende ser o seguimento encontro realizado em Monterrey, há seis anos, de onde saíram os princípios que devem orientar a ajuda entre os países mais desenvolvidos aos mais pobres.