Nações Unidas discutem combate da Sida em África (Português para África)
Conferência, na cidade de Dacar, pretende definir novos rumos para o combate ao HIV no continente, que tem 70% dos infectados em todo o mundo.
João Rosário, da Rádio ONU em Nova York.
A conferência internacional sobre Sida em África, promovida pelo Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Sida, que decorre no Senegal, está a debater formas de prevenção de novas infecções e acesso de mais pacientes ao tratamento.
A 15ª Conferência Internacional sobre Sida e Doenças Sexualmente Transmissíveis em África reúne cerca de 5 mil especialistas, entre membros do Onusida e de várias organizações regionais africanas.
Optimismo
Mais de 70% dos infectados com HIV no mundo estão em África, continente onde morreram 22 milhões de pessoas devido à Sida.
Na abertura da conferência, o director executivo do Unusida, Peter Piot, realçou os avanços conseguidos pelos africanos no combate à doença, nomeadamente as decisões políticas de vários estados e as acções das sociedade civil que permitiram que cada vez menos pessoas sejam infectadas.
Apoios
É uma posição partilhada também pela Organização Mundial da Saúde, OMS, segundo disse o porta-voz da Unidade de Prevenção e Tratamento do HIV/Sida, Marco Vitória.
“Os locais onde o impacto e os resultados têm mostrado maior crescimento são em África. É onde o avanço nos tratamentos se tem mostrado mais significativo, bem como o impacto na mortalidade infantil”, disse.
Marco Vitória entende que é muito importante a continuação dos apoios aos esforços em África para reduzir os impactos do HIV.
De acordo com a ONU, a conferência de Dacar acontece numa altura em que a crise financeira mundial, a continuação da pobreza e as desigualdades podem constituir obstáculos para a procura de novos métodos de combate ao HIV/Sida em África.