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FAO elogia Moçambique na luta contra a fome

FAO elogia Moçambique na luta contra a fome

Relatório da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO, revela que país já não tem fome crónica; mas, no geral, número de pessoas com fome no mundo aumentou para 963 milhões.

João Rosário, da Rádio ONU em Nova Iorque.

Um estudo das Nações Unidas sobre a fome no planeta dá conta que os países de África conseguiram progressos na redução do problema. Moçambique é um dos países onde esses progressos tiveram mais impacto entre a população.

De acordo com o relatório “O Estado da Insegurança Alimentar no Mundo”, da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO, a proporcão de pessoas com fome crónica na África Subsaariana baixou de 34% para 30%, no período entre 1995 e 2005.

Aumento Fome

O estudo revela que Moçambique está no grupo de países com melhores resultados, a par do Gana, Congo, Nigéria e Malaui.

Apesar dos bons resultados, a FAO alerta para o facto de, na África Subsaariana, uma em cada três pessoas sofre de desnutrição.

A nível global, o estudo sugere que as recentes crises alimentar e financeira lançaram mais 40 milhões de pessoas em situação de fome.

De acordo com o relatório da FAO, há hoje 963 milhões de famintos contra 923 milhões, em 2007.

Fertilizantes

A agência da ONU afirma que apesar da redução no preço dos alimentos, a crise não diminuiu em muitos países pobres.

A subida do preço dos fertilizantes e outros produtos necessários à actividade agrícola, desde 2006, prejudicou os agricultores, dos países em desenvolvimento, que não puderam expandir a produção.

A FAO informou que a grande maioria dos subnutridos, cerca de 907 milhões, vive nos países em desenvolvimento.

Índia, China e República Democrática do Congo são os que concentram a maior parte da população de famintos.