Prisão perpétua para acusados de genocídio em Ruanda
Segundo Tribunal Penal Internacional para Ruanda, pelo menos 500 mil pessoas morreram no massacre de membros da etnia tutsi e hutus moderados em 1994.
João Rosário, da Rádio ONU em Nova York*.
O Tribunal Penal Internacional para Ruanda condenou o antigo encarregeado da Defesa do país, Theoneste Bagosora (foto) , à prisão perpétua pelo genocídio de membros da etnia tutsi e hutus moderados em 1994.
O tribunal, com sede em Arusha, na Tanzânia, sentenciou mais dois acusados também à prisão perpétua. Anatole Nsegiyumva e Alloys Ntabakuzem, ex-comandantes militares.
Milícia
Ambos foram sentenciados por genocídio e crimes contra a Humanidade.
Um quarto acusado, Gratien Kabiligi, foi absolvido e posto em liberdade imediata.
O tribunal da ONU também concluiu que os três organizaram, treinaram e armaram a milícia Interahamwe, responsável pela maior parte das mortes de tutsis e hutus moderados durante o genocídio.
De acordo com o Tribunal Penal Internacional para Ruanda, a violência no país, em 1994, fez mais de 500 mil vítimas.
Mas outras fontes citam até 800 mil mortes.
Ao todo, o julgamento contou com 242 testemunhas e durou cerca de 1 ano e 40 dias.
Apresentação: Monica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York*.