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OMS diz que há risco de aumento de vítimas em Gaza

OMS diz que há risco de aumento de vítimas em Gaza

Agência da ONU pediu cessar-fogo imediato e disse que Israel tem que fornecer tratamento de emergência; bombardeamentos mataram pelo menos 330 pessoas e deixaram 900 feridas.

Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.

A Organização Mundial da Saúde, OMS, afirmou que o número de mortes na Faixa de Gaza, por causa da violência entre israelitas e palestinianos, deve aumentar.

De acordo com a agência da ONU, pelo menos 330 pessoas morreram e 900 ficaram feridas nos bombardeamentos de Israel sobre Gaza e no lançamento de roquetes contra alvos israelitas no sul do país. Israel disse que a operação é uma resposta aos atentados palestinianos.

Feridos Graves

Numa nota, a OMS pediu o fim imediato dos combates e disse que Israel tem que assegurar socorro imediato, aos feridos em estado grave, além de fornecer combustíveis para os hospitais.

O vice-ministro das Relações Exteriores da Autoridade Nacional Palestiniana, Ahmed Sobeh, disse à Rádio ONU, de Ramallah, na Cisjordânia, que os hospitais já não podem suportar mais feridos e que dezenas estão sendo tranferidas para o Egipto e a Arábia Saudita.

“Estamos a tentar levar alguns deles para o Egipto. Entre ontem e hoje, 38 feridos já foram levados de Gaza. Os hospitais de Gaza precisam de muita ajuda para atender a tantos feridos”, disse.

Na segunda-feira, o Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, disse que a situação em Gaza é inaceitável. Ban pediu o fim imediato da violência dos dois lados e afirmou que está em contacto com líderes locais e internacionais para discutir o assunto.

Ahmed Sobeh afirmou ainda que a comunidade internacional precisa ajudar a encontrar uma trégua imediata.

Abrigos

O israelita aposentado, Zvi Chazam, que vive a 5km de Gaza, disse à Rádio ONU, de Shaar Hanegs, que nos últimos dias, o número de ataques palestinianos teria multiplicado.

“Nos últimos dias, às vezes, são mais de 100 roquetes por dia. É muito perigoso. As escolas, o comércio, as indústrias, as universidades. Está tudo fechado. Há abrigos anti-aéreos da época das guerras antigas que foram reformados. Mas eles não estão ao lado de cada residência”, explicou.

Na segunda-feira, o Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, informou que a situação é profundamente preocupante e que mais de 50% da população de Gaza são crianças.