Crianças são vítimas da violência na RD Congo
Subsecretário-geral do Departamento de Manutenção das Operações de Paz, Alain Le Roy (foto), disse que a situação no país é uma grande crise humanitária.
Samantha Barthelemy, da Rádio ONU em Nova York.
O Fundo das Nações Unidas para Infância, Unicef, informou, nesta segunda-feira, que na semana passada, quase 100 mil pessoas abandonaram suas casas por causa de conflitos na província de Kivu Norte, na República Democrática do Congo.
Segundo a agência, cerca de 60% destes deslocados internos são crianças.
Conseqüências Catastróficas
Ainda nesta segunda-feira, o Secretário-Geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, apontou o ex-presidente nigeriano, Olusegun Obasanjo, enviado especial para a República Democrática do Congo.
Obasanjo deve trabalhar com líderes africanos e a comunidade internacional para por fim a crise no país.
Ban disse que o conflito na fronteira entre o Ruanda e a RD Congo já dura tempo demais e causou conseqüências catastróficas. Ele afirmou que não pode haver solução militar para a crise, e que é preciso paz para que as populações da região possam viver em estabilidade e prosperidade.
Crise Humanitária
O subsecretário-geral do Departamento de Manutenção das Operações de Paz, Alain Le Roy, em visita à região, disse que a situação na RD Congo é, claramente, uma grande crise humanitária.
Nesta segunda-feira, o primeiro comboio de ajuda humanitária das Nações Unidas chegou à áreas controladas por forças rebeldes no leste do país.
O Programa Mundial de Alimentos, PMA, informou que campos para deslocados internos na cidade de Rutshuru estavam praticamente desertos, e que muitas tendas tinham sido queimadas.