Rapariga somali apedrejada até à morte por adultério
Unicef diz que notícias indicam que a rapariga de 13 anos não cometeu adultério, mas que foi violada por três homens.
Carlos Araújo, da Rádio ONU em Nova Iorque.
O Fundo da ONU para a Infância, Unicef, condenou o recente apedrejamento de uma rapariga somali de 13 anos como “deplorável”.
Aisha Duhulow, foi apedrejada até á morte numa cerimónia pública num estádio de futebol na cidade de Kismayo, no dia 27 de Outubro, após ter sido acusada de adultério.
Trágico e Deplorável
No entanto, o Unicef afirma que notícias indicam que a rapariga não cometeu adultério, mas que foi violada por três homens quando caminhava em direcção à casa da avó na capital Mogadishu.
Após o ataque, Aisha procurou a protecção das autoridades, que a acusaram de ter cometido adultério e a condenaram à morte.
O representante do Unicef para a Somália descreveu o incidente como trágico e deplorável.
“A criança foi vitimizada duas vezes. Primeiro pelos autores da violação, e depois pelos responsáveis pela administração da justiça", disse Christian Balslev-Olesen.
Vulnerabilidade
Segundo o Unicef, o incidente realça a extrema vulnerabilidade das raparigas e mulheres na Somália, que sofrem na pele o aumento da violência e discriminação causadas pela situação crónica de conflitos e deslocamentos.