Venda legal de marfim rende mais de US$ 15 milhões (Português para África)
A venda foi autorizada por todos os 172 países membros da Cites e as receitas serão encaminhadas para projectos africanos de conservação do elefante.
Carlos Araújo, da Rádio ONU em Nova Iorque.
A venda de 102 toneladas de marfim rendeu mais de 15 milhões de dólares que serão encaminhados para projectos africanos de conservação do elefante e comunidades locais, revelou a Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies em Risco da Fauna e Flora, Cites.
A venda foi feita em quatro leilões supervisados pelo Secretariado da Cites no Botsuana, Namíbia, África do Sul e Zimbabué.
As 103 toneladas de marfim foram vendidas a comerciantes chineses e japoneses ao preço médio de US$ 157 por quilo.
Stocks Legais
O marfim comercializado era proveniente de stocks governamentais legais. Segundo a Cites, a maior parte dos elefantes morreu de morte natural nos últimos 20 anos ou então foram mortos antes de 1994 como parte de um programma de controle dos animais.
A venda foi autorizada por todos os 172 países membros da convenção em Julho de 2007.
Processo Transparente
O Secretário-Geral da Cites, Willem Wijnstekers, que supervisou os leilões, disse que a venda do marfim constituia o culminar de um processo de decisão transparente, que tinha dominado grande parte das reuniões da organização nos últimos 20 anos.
Ele manifestou também a esperança de que os meios de comunicação iriam noticiar claramente que o comércio de marfim não tinha recomeçado.
Vários críticos tem vindo a sugerir que a venda legal de marfim pode encorajar o comércio ilegal dessa matéria prima.