Ban estabelece prioridades para fim da crise na RD Congo
Falando na cimeira regional de Nairobi, Ban Ki-moon (foto) referiu que o Congo, o Ruanda e o resto da África Central não poderiam voltar a cair numa situação de conflito.
Carlos Araújo, da Rádio ONU em Nova Iorque.
O Secretário-Geral da ONU disse esta sexta-feira a uma cimeira regional sobre a crise na República Democrática do Congo, que há demasiado tempo que a paz e segurança na África Central estão ameaçadas por grupos armados, estrangeiros e domésticos, presentes no país.
Falando em Nairobi, Ban Ki-moon referiu que nem o Congo, nem o Ruanda nem o resto da África Central poderiam volta a cair numa situação de conflito.
Prioridades
Ban sublinhou três prioridades imediatas: a tomada de medidas urgentes para conter a crise actual causada pelo reinício dos confrontos; a mobilização de recursos internacionais para responder à crise humanitária; e a necessidade de resolver as causas profundas da crise de modo a encontrar uma solução política durável.
Durante a reunião, o Secretário-Geral da ONU apresentou o seu novo enviado especial para a crise no Congo, o antigo presidente da Nigéria, Olusegun Obasanjo.
Província Oriental
Entretanto, o Programa Alimentar Mundial disse que estava também preocupado com a situação numa outra região da República Democrática do Congo, a província Oriental, que faz fronteira com o Sudão.
Segundo o PAM, mais de 200 mil pessoas foram deslocadas na área, na sequência de incursões militares do grupo rebelde ugandês, Exército de Resistência do Senhor, LRA.
A porta-voz do PAM em Genebra, Emilia Casella, pediu à comunicação social internacional para não relegar aquela crise para segundo plano.