OMS felicita “Declaração de Beijing” sobre medicina tradicional
Delegados de mais de 70 países adoptaram uma declaração que defende a promoção do uso seguro da medicina tradicional.
Carlos Araújo, da Rádio ONU em Nova Iorque.
A Organização Mundial da Saúde, OMS, felicitou esta segunda-feira os estados membros pela adopção da “Declaração de Beijing” sobre medicina tradicional.
Delegados de mais de 70 países que participaram no primeiro congresso da OMS sobre a questão, na capital da China, adoptaram uma declaração que defende a promoção do uso efectivo e seguro da medicina tradicional e a sua integração nos sistemas nacionais de saúde.
Pobreza
Em África, o papel da medicina tradicional tem vindo a crescer devido a dois factores: os medicamentos são mais baratos e e os seus praticantes estão mais perto das populações.
Augusta Biai, é a chefe do departamento de recursos humanos da OMS na Guiné-Bissau.
“Nos países africanos, sobretudo nos nossos, onde a pobreza é acentuada normalmente o primeiro meio que a população recorre é a medicina tradicional, antes de recorrer aos serviços hospitalares. Porque é mais barato, está mais perto da população e os medicamentos que produzem também são muito mais baratos. Cerca de 90 por cento da população recorre em primeira mão à medicina tradicional”.
Mais de 1100 delegados, representando 72 países, tomaram parte no primeiro congresso da Organização Mundial da Saúde sobre medicina tradicional.