A ONU destacou ainda que o saneamento é a área de desenvolvimento que produz mais retornos, cerca de US$ 9 para cada US$ 1 investido.
Marco Alfaro, da Rádio ONU em Nova York.
As Nações Unidas comemoram, nesta quarta-feira, o Dia Mundial das Instalações Sanitárias.
A data integra o Ano Internacional do Saneamento das Nações Unidas, e tem como objetivo promover os Direitos Humanos de 2,5 bilhões de pessoas que não tem acesso ao saneamento básico.
Saneamento e Saúde Pública
Um relatório do Conselho de Direitos Humanos da ONU destaca que a contaminação de água e comida impede o direito à alimentação. E que o abandono escolar, devido a falta de condições sanitárias apropriadas, obstrui o direito à educação.
O documento afirma que o saneamento é considerado o avanço médico mais importante desde 1840, ultrapassando a vacina, antibióticos e anestesia.
A relatora independente das Nações Unidas para o direito à água e saneamento, Catarina de Albuquerque, falou à radio ONU, de Genebra, sobre as conseqüências da falta de saneamento.
“A falta de saneamento básico também tem por conseqüência repercussões muito graves em matéria de direito à saúde e habitação. Por isso, há uma ligação enorme entre o saneamento básico o acesso aos Direitos Humanos mais elementares”, disse.
Estimativas das Nações Unidas indicam que a diarréia, causada pela falta de saneamento, mata mais de 5 mil crianças todos os dias.
A ONU destacou ainda que o saneamento é a área de desenvolvimento que produz mais retornos, cerca de US$ 9 para cada US$ 1 investido. E, que mesmo assim mais de 40% da população mundial não tem acesso ao saneamento básico.