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Direitos de refugiados ainda não são reconhecidos

Direitos de refugiados ainda não são reconhecidos

Relatório das Unidas Nações informa que intolerância e desrespeito aos direitos ainda é um problema em alguns países africanos.

Yara Costa, da Rádio ONU em Nova York.

O Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados, Acnur informou nesta quinta feira que apesar do tratamento destes ter visto algumas melhoras o ano passado, muitos refugiados ainda sofrem intolerância e tem os seus direitos negados.

O relatório é resultado de uma análise sobre as necessidades dos refugiados, feito nos Camarões, Rwanda, Tanzania, Zâmbia, Ecuador, Georgia, Tailândia, e Yémen e deve servir de base para o programa de operações 2010-2011 do Acnur no mundo.

Violência

A avaliação levada a cabo no início deste ano, revelou falhas de condições básicas e essenciais tais como moradia, saúde, educação, segurança alimentar, saneamento e prevenção de violência sexual.

A abragência da protecção dada pelo Acnur, em algumas regiões é por vezes desafiada pela falta de vontade política e pelo facto do asilo a refugiados, ainda ser visto como questão política e não humanitária, informou a assistente do alto comissário para a protecção, Erika Feller.

O relatório do Acnur mostrou no entanto que existem alguns pontos positivos como acesso ao asilo, registo, documentação, controle de fronteiras e apóio técnico aos governos.

O ano passado, 700 mil refugiados puderem voltar para casa e 70 mil foram reintregados nos seus locais de origem. Os programas de protecção à criança e de resposta à violência sexual também foram discutidos.

Para enfrentar as necessidades apontadas nos oito países, o Acnur adicionou mais US$ 63,5 milhões no orçamento de 2009. A proposta será avaliada pelo Comité Executivo em Genebra ainda esta semana.