Assassinatos de cristãos no Iraque são condenados por ONU
Enviado especial, Staffan de Mistura, disse que ataques visam aumentar tensão e pediu proteção para todas as minorias.
Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.*
O representante especial do Secretário-Geral da ONU no Iraque, Staffan de Mistura, condenou, de forma veemente, o assassinato de cristãos na cidade de Mosul, no norte do país.
De acordo com agências de notícias, 12 integrantes de comunidades cristãs foram mortos nas últimas duas semanas.
Abrigos
O governo iraquiano enviou 1 mil polícias para Mosul.
Mistura afirmou que a onda de ataques contra cristãos e outras minorias têm como objectivo desestabilizar o Iraque e aumentar a tensão no país.
Por causa da violência, centenas de pessoas começaram a fugir da região para buscar abrigos em outras áreas do Iraque.
Staffan de Mistura disse que as Nações Unidas e seus parceiros no país estão a monitorar a situação. Mais de 100 famílias receberam assistência neste domingo.
Direitos Políticos
O enviado especial da ONU lembrou que as minorias do Iraque são parte integral da sociedade. E disse que respeitar os direitos políticos e legais desses grupos iraquianos é fundamental para a estabilidade e o futuro democrático.
De acordo com o governo iraquiano, antes da intervenção militar em 2003, havia 800 mil cristãos no Iraque, mas pelo menos 30% deste total fugiram do país após a invasão.
Apresentação*: Yara Costa, Rádio ONU em Nova York.