Coordenador de Assuntos Humanitários das Nações Unidas no país, Joël Boutroue, afirma que sem investimento adicional o ilha caribenha entrará num ciclo de instabilidade e insegurança.
Samantha Barthelemy, da Rádio ONU em Nova York.
O coordenador de Assuntos Humanitários das Nações Unidas para o Haiti, Joël Boutroue, pediu a doadores internacionais mais recursos para promover ajuda de emêrgencia e esforços de reconstrução no país. O apelo foi anunciado nesta quarta-feira.
Boutroue alertou que apesar da situação no Haiti estar temporariamente estabilizada, a estação de furacões está ainda pela metade. Em agosto, a ilha caribenha foi atingida por quatro tempestades tropicais, que mataram mais de 800 pessoas.
Insegurança
O coordenador afirmou que cerca de 3 milhões de haitianos enfrentam insegurança alimentar, como conseqüência das tempestades e da alta nos preços dos alimentos e dos combustíveis.
Segundo ele, o Haiti está completamente devastado e não há indústria, produção agrícola ou investimento significativos no país.
Boutroue afirmou que sem recursos extras, as Nações Unidas não têm a capacidade de providenciar água, saneamento e alimentos para a população afetada. E se não houver investimento adicional, o país entrará num ciclo de instabilidade e insegurança.
O Programa Mundial de Alimentos, PMA, anunciou, nesta quinta-feira, que está distribuindo comida regularmente para quase 500 mil haitianos. A agência providencia também uma refeição por dia para 400 mil alunos em todo o país.