Unicef faz apelo para crise de educação no Zimbabué (Português para África)
Falta de professores, salários baixos e crise económica ameaçam colapso das escolas.
Yara Costa, da Rádio ONU em Nova York.
O Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, fez um pedido para que medidas urgentes sejam tomadas para recuperar o sistema de educação no Zimbabué.
Os salários baixos, a pouca assiduidade de professores e estudantes e problemas de comida e transporte têm afectado gravemente a educação daquele país africano que está em crise há já vários meses.
Escolas vazias
Visitas rotineiras de observação da Unicef identificaram que com a aproximação da época dos exames nacionais, apenas 40% dos professores estão a dar aulas e um terço dos alunos estão a ir à escola. E os agentes distritais de educação não estão preparados para a realização dos exames nacionais.
A agência informou que a crise na educação, devastou as escolas de todo o país. A maioria delas está neste momento a funcionar muito abaixo das capacidades e área está em aparente estado de emergência.
Por causa da greve de dois meses dos professores, a falta de material didáctico, a violência política e os deslocamentos, as crianças zimbabueanas perderam um ano lectivo inteiro.
Colapso do sistema
O sistema nacional de educação da região sul de África, já foi um dos melhores do continente. Mas a diminuição dos investimentos públicos e a subida das propinas escolares aliada à falta de professores e de moral agravada pelos salários baixos, criou grandes desafios.
O representante da Unicef, Roeland Monasch disse que as crianças no Zimbabué já são vítimas de muitos flagelos e que é inaceitável negar-lhes uma educação que pode melhorar o seu futuro.
O Unicef disse estar pronto a ajudar o governo e o ministro da Educação, Cultura e Desportos a melhorar a crise educacional no Zimbabué.