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Violência na RD Congo preocupa, diz ONU

Violência na RD Congo preocupa, diz ONU

Conselho de Segurança afirma que nova onda de confrontos é alarmante.

Yara Costa, da Rádio ONU em Nova York.

O Conselho de Segurança está seriamente preocupado com a recente ressurgência de violência nas províncias do leste da República Democrática do Congo, RD Congo E alertou que a situação pode minar toda a zona dos Grandes Lagos na região central de África.

Os impactos humanitários sobre os civis são motivo de grande preocupação, disse o embaixador da China, Zhang Yesui, que ocupa neste momento a presidência mensal do Conselho.

Segundo informações da Missão das Nações Unidas na RD Congo, Monuc, rebeldes do grupo Resistência Armada do Senhor, mataram 6 civis congoleses num ataque na manhã de domingo na aldeia de Bangadi no nordeste da RD Congo.

Crianças soldado

Yesui apelou às forças do governo e aos grupos rebeldes que respeitem o cessar-fogo. Ele condenou o recrutamento e uso de crianças por grupos armados. E a prevalência da violência sexual e de género.

Durante as últimas semanas, milhares de pessoas deixaram suas casas na República Democrática do Congo, RD Congo. Por causa do conflicto entre as forças do governo conhecidas como Fard e o grupo rebelde Congresso Nacional de Defesa das Pessoas, Cndp, as zonas mais afectadas são a província de Kivu Norte e Kivu Sul.

Desarmamento

O presidente do Conselho disse ainda que os grupos armados que operam na região devem baixar as armas e apresentar-se imediatamente à Missão das Nações Unidas na RD Congo, Monuc, para que o desarmamento, repatriação, reassentamento e reintegração sejam feitos.

Os 15 países-membros do Conselho aprovaram o pedido do representante especial do Secretário-Geral da ONU para o país, Alan Doss, de reforçar a missão no país.

Reconciliação

O Conselho de Segurança fez um apelo para que não haja cooperação entre os elementos da Fardc e o grupo rebelde Hutu, intitulado, Forças Democráticas de Libertação do Ruanda, Fdlr. E que os dois países adoptem medidas de reconciliação.

Os governos da região também receberam um pedido para que não dêem nenhum apoio aos grupos armados da RDC.