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FAO protege espécies marinhas

FAO protege espécies marinhas

Gerir pesca em alto mar fora das zonas económicas exclusivas (ZEE) sempre foi difícil. A FAO pede agora que se preste atenção aos impactos causados nas espécies e habitats das águas profundas.

Cátia Marinheiro, Rádio ONU em Nova York.*

Depois de dois anos preocupada com o impacto da pesca em águas profundas, a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação, FAO, adoptou uma série de directrizes internacionais para identificar e proteger as espécies e habitats fragéis destas zonas.

A FAO pede a cessação da pesca nas áreas em que está a afectar de forma negativa os ecossistemas marinhos vulneráveis e pede que as frotas pesqueiras avaliem os impactos negativos da sua pesca. Os peixes de águas profundas crescem devagar, o que faz com que tenham pouca resistência frente à pesca intensiva que se pratica actualmente.

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"As directrizes da FAO devem guiar as nações pesqueiras, quando operem em zonas de alto mar fora de jurisdição nacional, ou seja, onde se situa a maioria da pesca em águas profundas.

Uma dessas directrizes tem a ver com o uso de métodos de pesca apropriados para reduzir o impacto nas espécies não procuradas.

Os países são aconselhados também a avaliar a pesca que as suas frotas realizam em águas profundas para ver se existem impactos negativos significativos.

Ichiro Nomura, Director Adjunto da FAO, sublinhou que estas directrizes são um dos escassos instrumentos práticos para fazer frente a este problema que engloba gestão ambiental e utilização da pesca de forma integrada."

A FAO chama também a atenção para o facto da pesca em águas profundas ser uma actividade relativamente nova, o que faz com que os países não estejam preparados com recursos tecnológicos adequados para enfrentar o impacto negativo da pesca em águas profundas.

Apresentação*: João Duarte, Rádio ONU em Nova York.