Mais iraquianos retornam à casa, diz OIM (Português para o Brasil)
Segundo agência, as cidades que mais recebem refugiados da violência são Bagdá e Diyala; mas novos conflitos étnicos estão causando deslocados em Kirkuk.
Cátia Marinheiro, Rádio ONU em Nova York.*
Um relatório da Organização Internacional para Migrações, OIM, revela que o regresso de refugiados às cidades de Bagdá e Diyala está aumentando.
De acordo com o OIM, a maioria dos 2,8 milhões de deslocados iraquianos continua sem abrigo adequado, acesso à água potável, comida e outros serviços básicos. Mas a volta à casa tem sido praticamente causada por melhorias na área de segurança.
Operação
Para incentivar o regresso, o governo do Iraque doou cerca de US$ 600, o equivalente a R$ 960 por família. Além disso, as autoridades locais iniciaram uma operação para liberar casas ilegalmente ocupadas.
A porta-voz da OIM em Portugal, Mónica Goracci, disse à Rádio ONU, de Lisboa, que o processo de retorno está correndo bem, mas que ainda há problemas.
“De qualquer forma, a situação humanitária permanece grave, no sentido que falta comida, muitas pessoas estão carentes de comida, de gasolina, precisam de gêneros que não se encontram e eles não têm os meios para procurar”, relatou.
Novos refugiados
Segundo a OIM, ao mesmo tempo que aumenta o regresso de refugiados a Bagdá e Diyala, em Kirkuk, no norte do Iraque, novos conflitos étnicos estão obrigando várias famílias a saírem das suas casas.
De acordo com a OIM, apesar dos últimos progressos, o Iraque continua a enfrentar uma grave crise humanitária e precisa de assistência urgente.
Apresentação*: Mônica Villela Grayley, Rádio ONU em Nova York.