Mais esforços contra a mortalidade infantil
Unicef afirma que África continua a ser o continente onde as taxas são mais elevadas; Ásia registou mais progressos.
João Duarte, Rádio ONU em Nova York.
O Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, publicou esta sexta-feira um relatório no qual afirma que a taxa de mortalidade infantil em crianças com menos de 5 anos de idade continuou a cair em 2007.
Segundo o documento, nos países em desenvolvimento, a taxa caiu 27% na categoria das crianças com menos de cinco anos de idade: em 1990 a taxa era de 93 crianças por cada 1000 partos; em 2007 o número é de 68 por cada 1000.
Progressos
O relatório afirma que nos países industrializados, a média é de seis mortes por cada 1000 nascimentos.
Em África registaram-se alguns progressos. Moçambique, Eritreia, Malaui, Níger e Etiópia mostraram um declínio, em média, de mais de 40% entre 1990 e 2007.
Outras regiões contudo necessitam de apoio adicional. O relatório afirma que na Serra Leoa a taxa de mortalidade infantil situa-se nas 262 crianças em cada 1000.
O documento refere que a Ásia efectuou progressos significativos. Laos, Bangladesh e Nepal conseguiram reduzir as taxas de mortalidade infantil em mais de 50% desde 1990.
Causas
Na América Latina, o país em destaque é a Bolívia.
De acordo com o Unicef, estes países poderão cumprir a Meta do Milénio relativa à redução em dois terços da taxa de mortalidade infantil em todo o mundo até 2015.
O Unicef afirma que a principal causa de morte entre as crianças com menos de cinco anos de idade é a subnutrição.
Em 2007, o Unicef estima que morreram em todo o mundo 9,2 milhões de crianças. A subnutrição foi responsável por mais de um terço destas mortes.