Presidente da AG apela à democratização da ONU
Reforma do Conselho de Segurança é prioritária; terrorismo, mudanças climáticas, tráfico humano e desarmanento são outros temas na agenda.
João Duarte, Rádio ONU em Nova York.
O novo Presidente da Assembleia Geral da ONU, Miguel d’Escoto Brockmann, apelou à democratização das Nações Unidas a fim da organização poder lidar de forma mais eficaz com os problemas do mundo.
As declarações de d’Escoto Brockmann foram feitas esta terça-feira na abertura da primeira sessão plenária da 63ª Assembleia Geral da ONU.
Democratização
Como principal objectivo do seu mandato de um ano, Brockmann elegeu a democratização das Nações Unidas a fim de assegurar que a organização mantenha um lugar de proeminência no mundo.
Para tal, o novo presidente da Assembleia Geral afirmou que será realizado durante o próximo ano um encontro de alto nível dedicado ao tema da democratização da ONU.
Segundo Brockmann, é preciso reforçar os poderes do Conselho de Segurança.
O presidente da Assembleia Geral disse que a transferência de poderes para este órgão e para as instituições de Bretton Woods é fundamental,
Brockmann afirmou aos delegados que assumiu o cargo num momento que descreveu como difícil para a Humanidade devido a questões como a pobreza, fome, impacto das mudanças climáticas e acesso desigual a água.
O presidente da Assembleia geral comprometeu-se a enfrentar as causas imediatas e raízes profundas da crise alimentar global.
Antigo ministro dos Negócios Estrangeiros da Nicarágua, o novo presidente da Assembleia Geral comprometeu-se ainda a dedicar a sua presidência a representar os interesses do que classificou como “despojados de todo o mundo”.