Unifem quer mais direitos para mulher (Português para o Brasil)
Relatório revela que mulheres ganham, em média, 17% a menos do que homens e que cerca de um terço de todas as mulheres são vítimas da violência de gênero.
Samantha Barthelemy, da Rádio ONU em Nova York.*
O Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para Mulheres, Unifem, lançou, nesta quinta-feira, o relatório “Progresso das Mulheres no Mundo 2008/2009, Quem Responde às Mulheres? Gênero e Prestação de Contas”.
O documento revela que mecanismos mais fortes de avaliação do progresso da igualdade de gênero são necessários para garantir que os compromissos nacionais e internacionais com os direitos da mulher sejam cumpridos.
De acordo com o relatório, ainda há um longo caminho a percorrer para que estes compromissos se tornem uma realidade.
A vice-diretora do Unifem no Brasil, Júnia Puglia, falou à Rádio ONU, sobre as medidas iniciadas pelo governo brasileiro no combate a violência de gênero.
“O Brasil fez um avanço muito importante na aprovação de uma lei. Uma lei contundente e muito avançada, e que recebeu, e tem recebido um apoio muito importante da população. E o nosso trabalho agora é para que os profissionais que lidam com os casos que chegam ao aparato jurídico e ao judiciário estejam melhor preparados para empregar a lei,” disse.
A diretora-executiva do Unifem, Inés Alberti, disse que o relatório mostra que o apoio aos compromissos com os direitos da mulher permitirá chegar muito mais perto da realização dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio.
Segundo o documento, mecanismos de prestação de contas para mulheres funcionam melhor quando elas podem pedir explicação e informação e, quando necessário, compensação ou investigação.
Desigualdade
O relatório revela que as mulheres ganham, em média, 17% a menos do que os homens e que cerca de um terço de todas as mulheres são vítimas da violência de gênero.
O documento indica ainda, que apesar dos avanços na prevenção da mortalidade materna, uma em cada dez mulheres morre durante a gravidez.
O relatório pede também que governos e instituições multilaterais fortaleçam as medidas
Apresentação*: Mônica Villela Grayley, Rádio ONU em Nova York.