São Tomé e Príncipe quer acção contra efeito estufa

São Tomé e Príncipe quer acção contra efeito estufa

Presidente Fradique de Menezes (foto) afirma que aquecimento global tem afectado o seu país e pede apoio para cumprir as Metas do Milénio.

Mônica Villela Grayley, Rádio ONU em Nova York*.

O presidente de São Tomé e Príncipe, Fradique de Menezes, afirmou que o país tem registado alguns avanços no cumprimento dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio. Mas segundo ele, ainda há um caminho a percorrer no combate à pobreza e à fome.

Menezes também lançou um apelo para mais acção contra os efeitos do aquecimento global, que diz estarem a ameaçar o arquipélago.

Política Educacional

A declaração foi feita durante os debates da Assembleia Geral da ONU, em Nova York. Segundo o líder são-tomense, com a ajuda do Brasil, o país africano tem conseguido vencer a luta contra o HIV/Sida.

“Temos procurado garantir a todos os tratamento anti-retroviral, gratuito e assistido, graças às ajudas que temos recebido da República Federativa do Brasil. Uma política educacional de propaganda agressiva de prevenção e apologista do sexo seguro estão em curso”, explicou.

Ondas gigantes

Fradique de Menezes afirmou que partes do seu país têm sido afectadas por ondas gigantes superiores a três metros. Um fenómeno que não se registava há mais de um século.

“De acordo com os registos dos últimos 110 anos não houve ondas superiores a três metros junto a costa. Contudo, nos últimos 10 anos ondas gigantes têm vindo a invadir as rodovias costeiras, isolando temporariamente regiões do país. Nunca é demasiado, voltar a lançar um vibrante apelo, tal como já o fiz, aos países principais responsáveis pelo aquecimento global do nosso planeta que tomem muito mais a sério este fenómeno e os meios de o reduzir”, disse.

Sucesso contra Paludismo

O presidente de São Tomé e Príncipe falou de um dos sucessos do país: a luta contra o paludismo. E agradeceu a Taiwan a cooperação na área da sáude.

“Um exemplo dessa generosidade e solidariedade é uma redução de casos de paludismo, em mais de 95%, que São Tomé e Príncipe registou em 2007, o que nos permite prever a próxima erradicação dessa doença através de um programa sustentado de controlo. Pela primeira vez, em séculos, que a população do meu país não considera a maçária como a primeira causa da mortalidade infantil”, afirmou.

Além de São Tomé e Príncipe, discursam também nesta quinta-feira nos debates da Assembleia Geral, mais dois países de língua portuguesa: Guiné-Bissau e Timor-Leste.

Apresentação*: Cátia Marinheiro, Rádio ONU em Nova York.