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Horta quer Brasil no Conselho de Segurança (Português para o Brasil)

Horta quer Brasil no Conselho de Segurança (Português para o Brasil)

Presidente do Timor-Leste e Prêmio Nobel da Paz (foto) diz que país é capaz de contribuir para órgão da ONU com assento permanente.

Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.

O presidente do Timor-Leste e Prêmio Nobel da Paz, José Ramos Horta, afirmou que as Nações Unidas precisam promover a reforma do Conselho de Segurança.

Segundo ele, o Brasil deve fazer parte da expansão do conselho numa tentativa de refletir a geopolítica atual.

Cronograma

Ramos Horta fez a afirmação durante uma entrevista exclusiva à Rádio ONU, após seu discurso na Assembléia Geral, em Nova York, na quinta-feira.

“É inevitável que haja reforma no Conselho de Segurança, é inevitável que haja expansão no Conselho de Segurança e é inevitável que o Brasil seja membro permanente do Conselho de Segurança. O Brasil tem 200 milhões de habitantes; é o maior país em todos os sentidos da América Latina e é o país que mais contribuiu ao longo de décadas para missões de paz da ONU. É o país, sobretudo nos últimos anos, quando há tensões na América Latina, tem sido o presidente Lula, o Brasil, a acalmar, a serenar os ânimos. E o comprometimento do Brasil enquanto país, enquanto seus governantes tem sido estadistas em quem se pode confiar para ser membro permanente do Conselho de Segurança”, disse.

Ainda na Assembléia Geral da ONU, na semana passada, um outro país lusófono, Portugal, defendeu a reforma do Conselho com assentos permanentes para Brasil, Índia e um país africano.

Em meados deste mês, os países-membros das Nações Unidas aprovaram um cronograma para o início das negociações sobre a expansão do conselho até fevereiro de 2009. A resolução foi votada no fechamento da última sessão da Assembléia Geral na sede da organização.