Ban elogia plano de paz entre Geórgia e Rússia
Secretário-Geral (foto) disse que ONU está preparada para ajudar com conversações internacionais; ele manifestou preocupação com situação humanitária.
Mônica Villela Grayley, Rádio ONU em Nova York.
O Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, elogiou o anúncio de um plano de paz entre Rússia e Geórgia.
O plano foi anunciado pelo presidente da França, Nicolas Sarkozy. O país ocupa a presidência rotativa da União Européia.
Ban Ki-moon disse que a ONU está pronta para ajudar nas conversações internacionais sobre o assunto. Ele disse que está preocupado com a situação humanitária das vítimas do conflito na Ossétia do Sul.
Nesta quarta-feira, o Programa Mundial de Alimentos, PMA, enviou dois vôos com ajuda humanitária.
Os aviões saíram, de Brindisi, na Itália, com 34 toneladas de biscoito vitaminado.
Combates
Leia o boletim de Eduardo Costa.
“Segundo as Nações Unidas os combates entre forças da Geórgia e da Ossétia do Sul já causaram quase 100 mil deslocados desde a semana passada.
O PMA deve distribuir cerca de 2,3 mil rações nesta quarta-feira. A maioria das vítimas está vivendo em abrigos improvisados, em Tbilisi, capital da Geórgia.
Em Nova York, o Conselho de Segurança informou que os países-membros irão analisar um projeto de resolução, apresentado pela França, para discutir a situação. Mas ainda não há nenhuma data marcada para o encontro.
Ainda nesta quarta-feira, a Organização Mundial da Saúde, OMS, informou que as condições dos civis, vítimas do conflito, são preocupantes.
A agência da ONU está aumentando sua presença na região para levar apoio humanitário, caso seja requisitado pelas autoridades locais”.
De acordo com o Tribunal Internacional de Justiça, com sede em Haia, o governo da Geórgia iniciou uma ação contra a Rússia alegando “violações dos termos da Convenção sobre Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial”.
O governo georgiano pediu a garantia do respeito dos direitos individuais de todas as pessoas do território da Geórgia.
De acordo com o documento, a Rússia teria violado suas obrigações na convenção, aprovada em 1965, com intervenções na Ossétia do Sul, no norte do país, e na região da Abkházia, no oeste da Geórgia.