É preciso chegar às vítimas na Geórgia, diz ONU

Nações Unidas pedem acesso sem restrições à passagem de assistência humanitária; Acnur distribuiu donativos a cerca de 2 mil deslocados pela violência.

Mônica Villela Grayley, Rádio ONU em Nova York.*

As Nações Unidas reforçaram um pedido de acesso livre e sem restrições à passagem de ajuda humanitária para as vítimas do conflito na Geórgia.

Na quinta-feira, o Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, emitiu uma nota segundo a qual estava extremamente preocupado com o impacto da violência sobre os civis.

Leia o boletim de Marta Barroso.

Civis

“O Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados, Acnur, informou que o número de deslocados internos pelos combates, que começaram na semana passada, já atingiu os 115 mil. Os números foram divulgados pelos governos da Geórgia e da Rússia.

Esta sexta-feira, funcionários do Acnur começaram a distribuir ajuda humanitária aos deslocados na capital, Tbilisi. A remessa actual de cobertores, utensílios de cozinha e tendas deve servir 40 mil pessoas.

O chefe da agência, António Guterres, deverá embarcar, na terça-feira, para a região, para observar de perto as operações de assistência às vítimas do conflito.

Ele vai reunir-se com as autoridades russas e georgianas para pedir a passagem segura de auxílio, assim como a protecção dos civis.

O governo georgiano diz que o conflito já matou pelo menos 2 mil pessoas e causou milhares de feridos.

Fronteira

Segundo as autoridades da Ossétia do Norte, localizada na Rússia, 300 mil pessoas já teriam atravessado a fronteira para fugir aos combates na Ossétia do Sul”.

Esta sexta-feira, o Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, anunciou a sua preocupação com a possibilidade do conflito continuar durante o Inverno no país. A agência informou que muitos deslocados estão sendo abrigados em escolas e em condições precárias de higiene.

Apresentação*:João Duarte, Rádio ONU em Nova York.