Conselho de Segurança volta a debater Geórgia
Reunião, a pedido da França, serviu para informar sobre situação na região.
Mônica Villela Grayley, Rádio ONU em Nova York.
Os 15 países-membros do Conselho de Segurança se reuniram na tarde desta terça-feira em Nova York para analisar a situação na Geórgia após o início do conflito na província separatista da Ossétia do Sul, no início do mês.
O subsecretário-geral assistente de Manutenção das Operações de Paz, Edmond Mullet, falou ao conselho sobre a situação nas áreas separatistas da Abkhazia, no extremo oeste da Geórgia, e na Ossétia do Sul.
Status Anterior
O subsecretário-geral para Assuntos Políticos, B. Lynn Pascoe, afirmou que o Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, está em consultas com todas as partes. No sábado, Ban se reuniu com assessores políticos para analisar a situação na Geórgia.
Pela proposta da França, inicialmente aceita pelo presidente da Rússia, Dimity Medvedev, Geórgia e Rússia retornariam ao status anterior ao conflito.
O embaixador da Rússia, Vitaly Churkin, disse que seu país aceita a proposta, que contém seis princípios, mas, segundo ele, o governo georgiano estaria incluindo cláusulas extras sobre integridade territorial que não pertencem à proposta.
Cessar-Fogo
Numa entrevista após a reunião no Conselho de Segurança, o embaixador da Geórgia na ONU, Irakli Alasania, disse que a Rússia não quer o acordo.
Segundo Alasania, a Geórgia entende que a Rússia não está a favor do cessar-fogo para continuar com o que ele chamou de ocupação e invasão do Estado soberano da Geórgia.
O embaixador russo afirmou que a Geórgia está trocando a ordem dos fatos.
Segundo ele, a Geórgia estaria colocando as “coisas de cabeça para baixo” e insistindo em integridade territorial, o que Churkin acredita que deva ser analisado separadamente.
O conflito na Ossétia do Sul já causou mais de 158 mil deslocados internos.