Civis assassinados em confrontos na Somália (Português para África)
Enviado Especial condena violência em cidade portuária.
Marta Barroso, Rádio ONU em Nova York.*
O Enviado Especial das Nações Unidas para a Somália, Ahmedou Ould-Abdallah, disse lamentar a violência e os assassinatos indiscriminados de civis inocentes na cidade portuária de Kismayo, no sul da Somália. A violência levou ao desalojamento dos habitantes da cidade, a terceira maior do país.
Segundo o enviado especial, o conflito em Kismayo teve como objectivo o controlo do porto da cidade e das receitas que gera e não questões políticas ou outras.
Acordo de Djibouti
Ould-Abdallah lamenta também os combates entre forças apoiantes do governo federal de transição e da Aliança para a Relibertação da Somália, perto de Mogadíscio, a capital, e Afgoye.
Ele apelou a todas as partes envolvidas no conflito da Somália que respeitem os direitos humanos e cumpram os seus comprometimentos sob o acordo de Djibouti.
O acordo, assinado formalmente na passada segunda-feira por representantes do governo federal de transição e da Aliança para a Relibertação da Somália, estipula o fim de qualquer confronto armado e de pronunciamentos rebeldes por qualquer das partes.
O acordo serviu como parte dos esforços de paz da ONU na Somália. O país vive um conflito civil desde 1991 após a saída do presidente Siad Barre do poder.
Apresentação*: João Duarte, Rádio ONU em Nova York.