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ONU marca 40 anos de Tratado de Não-Proliferação (Português para o Brasil)

ONU marca 40 anos de Tratado de Não-Proliferação (Português para o Brasil)

Ban Ki-moon diz que apesar de avanços, ainda há longo caminho a percorrer na direção de mundo livre de armas nucleares. ~

Mônica Villela Grayley, Rádio ONU em Nova York.

As Nações Unidas marcam nesta terça-feira 40 anos do Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares, TNP.

Nas últimas quatro décadas, o tratado foi adotado por 190 países. O documento é considerado o instrumento mais universal sobre desarmamento e não-proliferação nuclear.

Objetivos

Ban lembrou que vários países têm reduzido seus arsenais e fechado instalações atômicas, mesmo assim, milhares de armas nucleares continuam armazenadas em todo o mundo.

O alto representante para Assuntos de Desarmamento, o embaixador Sérgio Duarte, falou à Rádio ONU, antes do aniversário de 40 anos do acordo, sobre os objetivos do tratado.

“Por este tratado, os países que não tinham armas se obrigaram a não obtê-las. E os países que já tinham armas, os cinco países, se obrigaram a tomar medidas para desfazer-se delas. Então o que é preciso, do ponto de vista das Nações Unidas, do Secretário-Geral, é exortar os países responsáveis, os países que possuem armas, a tomar uma decisão, o mundo não pode ficar eternamente à mercê da possibilidade do uso de armas nucleares”, disse.

Ameaça

Segundo as Nações Unidas, a proliferação nuclear causada por países ou outros atores são uma ameaça a todos.

Ban Ki-moon afirmou que os benefícios do uso pacífico de energia nuclear alcançaram muitos, e o direito a este tipo de tecnologia deve ser exercido em harmonia com as obrigações de não-proliferação.

Para ele, atingir a universalidade do TNP continua a ser uma prioridade da ONU.

Ban Ki-moon disse ainda que o caminho para um mundo livre de armas atômicas ainda é longo, mas o interesse em atingir este objetivo é uma visão promissora.