Preços de alimentos e petróleo podem cair, diz FMI
Órgão sugere que queda, nos próximos meses, depende da procura e pressões das políticas de biocombustíveis.
João Duarte, Rádio ONU em Nova York.
Um estudo do Fundo Monetário Internacional, FMI, revela que o preço do petróleo e dos alimentos deve sofrer uma leve redução nos próximos meses.
Segundo o estudo do Departamento de Pesquisa do FMI, a redução dependerá dos níveis de procura e da política de biocombustíveis nas economias mais avançadas.
Colheitas
Segundo o estudo, o preço do trigo baixou 30% desde março devido à esperança de melhores colheitas até ao final do ano.
Mas a soja e o milho, por exemplo, continuaram em alta.
Para o Fundo Monetário Internacional, as restrições impostas à expansão do fornecimento de alimentos devem durar menos tempo que a pressão sobre o sector petrolífero.
Desde 2003, o preço do barril do petróleo quadruplicou e o dos alimentos mais do que dobrou.
Cadeia Alimentar
Para o FMI, algumas variantes da crise financeira, como os níveis das taxas de juros e câmbio, podem afectar ainda mais o preço do petróleo e de outras mercadorias por causa do impacto na procura e oferta do produto.
De acordo com o fundo, a decisão de vários países de restringir exportações para responder à crise dos alimentos só colocou mais pressões sobre o mercado internacional levando a um efeito de dominó na cadeira alimentar, o que fez subir o preço das aves e da carne.