África enfrenta falta de médicos até 2015, segundo OMS (Português para África)
Desiquilíbrio na distribuição é o maior problema; Guiné-Bissau é um dos países citados com maior carência de profissionais.
João Duarte, Rádio ONU em Nova York.
Um estudo publicado pela Organização Mundial da Saúde afirma que a falta de médicos em África vai manter-se até 2015.
De acordo com o relatório, as necessidades mundiais de médicos e o número de profissionais existentes serão idênticos no entanto registar-se-ão grandes disparidades na sua distribuição mundial.
África
A maior parte dos países africanos enfrentarão falta de médicos, segundo o estudo.
Em África as estimativas apontam para um défice de 167 mil médicos em 2015 segundo as necessidades da população. Para além de África, o sudeste asiático também será afectado por falta de profissionais na área da saúde.
Retenção
O médico e representante da OMS na Guiné-Bissau, Daniel Kertesz, falou à Rádio ONU, de Bissau, sobre alguns dos desafios que África enfrenta.
“A formação do médico é um processo longo que custa muito dinheiro, então é preciso muitos fundos, esse é um problema. Também temos o problema da retenção dos médicos. Uma vez formados é necessário criar as condições para trabalharem, criar hospitais, fornecer equipamentos, fornecer condições para viver, não só nas grandes cidades mas também nos centros periféricos onde são precisos médicos”, disse.
O relatório recomenda a adopção de políticas que contrariem esta tendência. Segundo o estudo, as necessidades na região África da OMS requerem um aumento de investimentos na ordem dos 65%.
Reduzir a mortalidade infantil, melhorar a saúde materna e lutar contra o HIV/Sida e malária são algumas das Metas do Milénio a alcançar até ao ano 2015.