Saída da ONU da RD Congo tem que envolver metas específicas (Português para África)
Soluções em regiões de conflito e instituições governamentais legítimas são etapas de um processo mais vasto, segundo relatório.
João Duarte, Rádio ONU em Nova York.
Um relatório do Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, sobre a situação na República Democrática do Congo afirma que as metas para o termo gradual da Missão das Nações Unidas no país, Monuc, devem incluir uma solução da crise nas regiões de Kivu Norte e Kivu Sul assim como o desenvolvimento de instituições governamentais legítimas.
Para Ban, têm-se registado alguns progressos mas não ao ritmo desejado.
O Secretário-Geral da ONU apelou ao redobrar dos esforços a fim de acelerar o processo.
Recursos
O documento foi divulgado nesta quarta-feira.
Referindo-se às instituições de governo, o Secretário-Geral da ONU notou que as Assembleias Nacionais e Provinciais estão a funcionar apesar do que classificou como uma “séria” deficiência de recursos e capacidade.
Quanto à situação na região leste do país, Ban afirma que o sucesso nos processos de Goma e Nairobi dependerá do empenho continuado de todas as partes.
Segurança
De acordo com Ban Ki-moon, todos os lados envolvidos deveriam recorrer ao Programa Amani que consiste numa comissão técnica mista sobre paz e segurança nos Kivus.
No documento, o Secretário-Geral expressou preocupação pelos riscos em termos de segurança colocados pelo grupo rebeldes ugandês, Exército de Resistência do Senhor, cujo raio de acção abrange países como a República Democrática do Congo, sul do Sudão e República Centro-Africana.
O líder do movimento, Joseph Kony, recusou-se a assinar um acordo geral de paz com o Uganda num processo mediado pelo antigo presidente moçambicano, Joaquim Chissano.
A Monuc no terreno compreende 18 mil soldados, cerca de 700 observadores militares e um milhar de polícias.