ONU rejeita acusações de parcialidade do Zimbabué (Português para África)
Embaixador do país na ONU diz que Ban Ki-moon seria ‘tendencioso’; resolução com sanções contra o Zimbabué foi vetada na sexta-feira.
João Duarte, Rádio ONU em Nova York.
As Nações Unidas refutaram comentários efectuados pelo embaixador do Zimbabué na ONU, Boniface Guwa Chidyausiku (foto), os quais questionavam a imparcialidade do Secretário-Geral relativamente ao país.
Numa nota lida este Domingo pela porta-voz de Ban Ki-moon, os comentários são descritos como “inapropriados e inaceitáveis”.
A porta-voz de Ban Ki-moon, Michelle Montas, afirma que não há nada de parcial na defesa do direito dos zimbabueanos de escolherem um governo legítimo através de eleições livres e justas.
Veto
Na sexta-feira a China e a Rússia, ambos membros permanentes do Conselho de Segurança, vetaram a proposta de resolução apresentada pelos Estados Unidos.
A proposta previa sanções contra o presidente Mugabe e 13 outras pessoas do governo; a resolução previa a proibição de viajar, o congelamento de bens e contas bancárias assim como um embargo na venda de armas ao Zimbabué.
Críticas
Nas últimas semanas, o Secretário-Geral da ONU criticou a realização da segunda volta das eleições presidenciais realizadas a 27 de Junho no Zimbabué, classificando-a como ilegítima pela ausência do candidato da oposição, Morgan Tsvangirai.
Segundo a nota, o Secretário-Geral afirmou por várias vezes que não estavam reunidas as condições para a realização de eleições livres e justas, situação confirmada pelos observadores.
O presidente Robert Mugabe foi empossado no dia 29 de Junho após ter sido declarado vencedor. Mugabe foi o único candidato após a saída do seu rival que afirmou não poder concorrer por causa da violência e da intimidação contra os seus simpatizantes.