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Diferenças salariais continuam a ser problema

Diferenças salariais continuam a ser problema

Comité Cedaw termina os trabalhos da 41ª sessão em Nova York.

João Duarte, Rádio ONU em Nova York.*

A Comissão das Nações Unidas para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra Mulheres, Cedaw, termina esta sexta-feira os trabalhos relativos à 41ª sessão iniciada a 30 de Junho.

A sessão teve lugar na sede da ONU, em Nova York, e reuniu dezenas de representantes de governos e da sociedade civil.

Marginalização

Em debate está a situação em países tão diversos como o Iémen, Islândia, a Grã-Bretanha e a Tanzânia.

O comité é composto por 23 peritos independentes e durante a sessão foram abordados temas como a discriminação no trabalho, a violência com base no género e a marginalização das mulheres da vida política.

A especialista do Comitê Cedaw, Maria Regina Tavares, falou à Rádio ONU, de Nova York, sobre um dos temas onde os progressos são mais lentos.

“Mesmo quando as mulheres têm maiores qualificações do que os homens têm maiores dificuldades na área do emprego, no acesso, na promoção, no acesso aos postos de decisão, no salário. Há sempre uma diferença no salário médio das mulheres e dos homens, em todos os países. Ainda não encontrei nenhum país onde isso não existisse. Portugal também não é excepção. Temos uma diferença salarial média de cerca de 20%”, afirmou.

A partir de 30 de Julho terá lugar na sede da ONU o 15º encontro dos estados membros participantes da Convenção. Os estados irão eleger 11 membros do comité cujo mandato termina no final do ano.