Iraquianos começam a retornar aos poucos, diz OIM
Organização para Migrações afirma que melhorias na segurança encorajam deslocados, mas para Acnur situação ainda é perigosa.
Mônica Villela Grayley, Rádio ONU em Nova York.
Uma pesquisa da Organização Internacional para Migrações, OIM, sugere que o número de deslocados internos no Iraque diminuiu levemente nos últimos seis meses.
Segundo o estudo “Revisão Semestral de Deslocamento e Retorno”, muitos iraquianos estariam voltando à casa devido a melhorias na segurança, em algumas áreas.
Infra-Estrutura
De acordo com a OIM, o Iraque tem cerca de 2,8 milhões de deslocados internos. E o maior desafio além da segurança é a falta de infra-estrutura.
A pesquisa sugere que os altos preços cobrados para aluguel de moradias tem levado mais de seis em cada 10 iraquianos deslocados a viver em casas de pau-a-pique ou em prédios abandonados correndo o risco de expulsão.
Cerca de 60% dos entrevistados pela pesquisa disseram que gostariam de voltar à casa, mas o porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados, Acnur, William Spindler afirmou que por questões de segurança, o retorno ainda não é aconselhado.
Ajuda Alimentar
“A situação do pais é complexa. Diferentes regiões têm diferentes situações de segurança; em geral a situação apresenta uma certa melhoria, mas é importante assinalar que as condições continuam a ser muito sérias no interior do Iraque e o Acnur não recomenda aos refugiados voltar neste momento. As condições continuam muito perigosas na maior parte do país”, disse.
A pesquisa da OIM revelou que cerca de 20% dos deslocados internos, no Iraque, não têm acesso à ajuda alimentar do governo de Bagdá.
Quase 40% dos deslocados estão recebendo comida de organizações humanitárias e instituições de caridade.
A Organização Mundial da Saúde, OMS, restabeleceu sua presença em Bagdá com um pequeno escritório. E deve coordenar seus trabalhos com o governo do país para realização de projetos no Iraque.