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Chefe da OMC pede vontade política em negociações BR

Chefe da OMC pede vontade política em negociações

Pascal Lamy (foto) fala em complexidade, mas diz que países não podem falhar na produção de um acordo.

Mônica Villela Grayley, Rádio ONU em Nova York.*

O diretor-geral da Organização Mundial do Comércio, Pascal Lamy, pediu aos países-membros que demonstrem mais vontade política para produzir um acordo da Rodada de Doha.

Desde segunda-feira, representantes de países industrializados e em desenvolvimento estão sentados à mesa, em Genebra, na Suiça, para negociar uma das partes mais críticas da rodada: os subsídios e tarifas do setor agrícola.

Distorção

A Rodada de Doha pretende liberalizar o comércio mundial. Lamy elogiou o progresso sobre exportações e competitividade, mas afirmou que os negociadores continuam divididos em alguns assuntos-chave.

A porta-voz da OMC, Janaína Borges, disse à Rádio ONU, de Genebra, que o fim do impasse da Rodada de Doha pode ser um avanço para resolver a crise da economia mundial.

“Se a OMC conseguir dar um sinal positivo para a economia mundial que os países conseguem trabalhar juntos e resolver problemas econômicos juntos, este poderá ser um sinal positivo, não só psicológico, mas concreto para a economia mundial”, disse.

Sábado

Numa nota, publicada na quinta-feira, Pascal Lamy citou alguns focos das discussões como, por exemplo, incentivos domésticos, de países desenvolvidos, que causam distorção no mercado, algodão e os chamados produtos sensíveis.

O chefe da OMC não descartou a possibilidade de estender a reunião para o sábado.