Karadzic diz, em Haia, que fará sua própria defesa
Ex-líder bósnio-sérvio, acusado de genocídio e crimes contra a Humanidade na ex-Iugoslávia, retornará ao tribunal em 29 de agosto.
Mônica Villela Grayley em Nova York.
O ex-líder sérvio-bósnio, Radovan Karadzic, foi ouvido pelo Tribunal Penal Internacional para a Ex-Iugoslávia, com sede em Haia, na Holanda.
Após ter sua identidade confirmada perante o juiz Alphons Orie, Karadzic disse que pretende fazer a própria defesa durante o processo.
Autoridades
Ele chegou a Haia, na quarta-feira, após ser preso na República Sérvia, no último dia 21.
O ex-líder sérvio-bósnio estava foragido há 13 anos.
Nesta quinta-feira, ele foi informado das 11 acusações, que incluem genocídio, crimes de guerra e contra a Humanidade cometidos durante o conflito nos Bálcãs, no início dos anos 1990.
O nome de Radovan Karadzic também é associado ao Massacre de Srebrenica, que matou cerca de 8 mil homens e meninos muçulmanos.
Durante sua primeira aparição, o ex-líder sérvio-bósnio leu um texto, de aproximadamente dois minutos, com alguns detalhes sobre sua situação.
Numa nota após a prisão de Karadzic, o promotor-chefe do tribunal, Serge Brammertz, elogiou a detenção e pediu ainda que as autoridades ajudem a capturar mais dois fugitivos, Goran Hadzic e o ex-comandante militar Ratko Mladic.
O juiz do caso informou que uma nova audiência será realizada em 29 de agosto.