Arbour pede sistema contra genocídio no CDH
Alta comissária (foto), que deixa o cargo em 30 de junho, despediu-se do Conselho de Direitos Humanos pedindo mecanismo para prevenir e punir o crime.
João Duarte, Rádio ONU em Nova York.
A alta comissária de Direitos Humanos da ONU, Louise Arbour, despediu-se nesta segunda-feira do Conselho de Direitos Humanos com seu último discurso no cargo.
Arbour deve deixar o posto no próximo dia 30. Na sua apresentação ao conselho, com sede em Genebra, ela pediu a criação de um mecanismo que previna e puna casos de genocídio.
Discriminação
Segundo ela, o genocídio é gerado por discriminação e intolerância.
Louise Arbour elogiou ainda, mas de forma cautelosa, os progressos alcançados com o lançamento da chamada Revisão Periódica Universal.
O objetivo do sistema é avaliar o desempenho dos países-membros no cumprimento dos direitos humanos.
Arbour afirma que o recurso a sessões especiais, como por exemplo, a reunião sobre crise alimentar vai reforçar a relevância do Conselho.
De acordo com a alta comissária, os direitos econômicos, sociais e culturais devem merecer tanta atenção quanto os direitos políticos e civis uma vez que estão todos ligados.
Louise Arbour, que é canadense, ficou à frente do conselho por quatro anos.
Apresentação*: Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.