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Banco Mundial pede suspensão de barreiras alfandegárias

Banco Mundial pede suspensão de barreiras alfandegárias

Segundo presidente do órgão, Robert Zoellick, tarifas sobre exportações geram aumentos e prejudicam pobres.

Iara Luchiari, Rádio ONU em Nova York.

Vários líderes internacionais, que participam da Conferência da ONU sobre Segurança Alimentar, em Roma, pediram o fim imediato das barreiras e restrições sobre exportações de alimentos.

Segundo o presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick, as taxas só geram aumentos para além de prejudicarem os mais pobres.

Entraves

Zoellick pediu que os 28 países que impuseram restrições alfandegárias as retirem para que o preço dos alimentos páre de aumentar.

O Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-mon, disse no seu discurso na abertura da conferência que o mundo precisa de soluções imediatas e de longo prazo para lidar com esta crise.

O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou que barreiras excessivas são um entrave ao crescimento dos países e uma das causas da crise alimentar mundial.

Inflacção

O presidente brasileiro afirmou no seu discurso na FAO, esta terça-feira, que a inflação no preço de alimentos é causada por vários factores incluindo as tarifas alfandegárias.

“A verdade é que a inflação do preço dos alimentos não tem uma única explicação. Resulta de uma combinação de factores: a alta do petróleo que afecta os custos dos fertilizantes e dos fretes; as mudanças cambiais e a especulação dos mercados financeiros, as quedas nas reservas mundiais e o aumento do consumo de alimentos nos países em desenvolvimento como China, Índia e Brasil e tantos outros. E, sobretudo, a manutenção das absurdas políticas proteccionistas na agricultura dos países ricos”, disse.

A conferência da FAO reuniu líderes internacionais em Roma para discutir estratégias para a segurança alimentar no mundo.

Apresentação*: João Duarte, da Rádio ONU em Nova York.