Nações Unidas condenam assassinato de jornalista
Coordenador humanitário no país expressou choque e decepção com a morte do repórter da Associated Press e da BBC.
Mônica Villela Grayley, Rádio ONU em Nova York.
O coordenador-residente de Assistência Humanitária da ONU, na Somália, Mark Bowden, condenou o assassinato do jornalista, Nasteh Dahir Farah, em Kismayo, no sul do país.
O repórter trabalhava para a agência de notícias, Associated Press, e para a rede britânica BBC.
Perigo
Bowden disse que está chocado e decepcionado com a morte do jornalista. Segundo ele, a Somália é o local mais perigoso na África para o trabalho da mídia.
Farah foi morto no domingo por homens armados na cidade de Kismayo. Ele também era o vice-presidente do Sindicato de Jornalistas da Somália.
O representante da ONU no país disse que membros da sociedade civil e especialmente da mídia estão sendo alvos de ataques e assassinatos. Com a morte de Farah, sobe para nove o número de jornalistas mortos na Somália desde o ano passado.
Afeganistão
O Comitê de Proteção a Jornalistas afirma que a Somália é o segundo país do mundo mais perigoso para jornalistas após o Iraque.
O país está sem um governo nacional desde 1991 com a saída do presidente Siad Barre do poder.
Por causa dos combates na capital, Mogadíscio, milhares de pessoas têm fugido da cidade.
Ainda neste fim de semana, um outro jornalista da BBC, o afegão Abdul Samad Rohani foi assassinado no sul do Afeganistão, na província de Helmand.