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Violência a mulher, em guerras, é debate na ONU BR

Violência a mulher, em guerras, é debate na ONU

Discussão, no Conselho de Segurança, foi presidida por secretária de Estado, Condoleezza Rice (foto); EUA sugerem nova resolução sobre tema.

Mônica Villela Grayley, Rádio ONU em Nova York.

Os países-membros do Conselho de Segurança se reuniram nesta quinta-feira para debater um projeto de resolução sobre proteção a mulher em áreas de conflitos e guerras.

A discussão foi presidida pela secretária americana de Estado, Condoleezza Rice. Os Estados Unidos estão ocupando a presidência rotativa da casa.

Preocupação

Rice disse que o Conselho de Segurança reconhece que a questão da violência sexual em zonas de conflito é motivo de preocupação. Ela afirmou que o estupro é um crime que não pode ser endossado.

Em 2000, o conselho aprovou a resolução 1325 sobre o papel da mulher na paz e segurança. O debate, desta quinta-feira, visa intensificar a proteção de meninas e mulheres em zonas de guerra.

O Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, afirmou que a violência feminina põe em risco os esforços para consolidar a paz.

Ban disse que a violência sexual é uma ameaça grave à segurança das mulheres em países que saíram de conflitos. Ele lembrou que é papel da ONU e dos demais membros da comunidade internacional continuar chamando a atenção para o problema.

Conflitos Armados

A especialista da Comissão das Nações Unidas para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra Mulheres (Cedaw), Sílvia Pimentel, disse à Rádio ONU, de São Paulo, que a Cedaw já está trabalhando sobre o tema.

“A violência sexual contra as mulheres é uma calamidade em todo o mundo. Nós temos, ultimamente, chamado a atenção para o fato da violência sexual em conflitos armados. É exatamente sobre este ponto que nós estamos cada vez mais trabalhando. É um debate muito relevante”, disse.

Em seu discurso, no Conselho de Segurança, Ban Ki-moon disse que vai nomear um Mensageiro da Paz em breve para advogar o fim da violência contra mulheres. Ele também lembrou a campanha global sobre o tema lançada pela ONU em março.