Nações Unidas pedem libertação de funcionário seqüestrado (Português para o Brasil)
Alto comissário para Refugiados, António Guterres (foto), exigiu liberdade imediata para trabalhador humanitário da agência na Somália.
Mônica Villela Grayley, Rádio ONU em Nova York.
O Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados, Acnur, pediu a libertação imediata de um funcionário seqüestrado nos arredores da capital da Somália, Mogadíscio.
Segundo o Acnur, Hassam Mohamed Ali foi levado por homens armados quando saía de casa, no sábado.
Sofrimento
O chefe do Acnur, e ex-premiê de Portugal, António Guterres, exigiu a libertação imediata e, sem condições, do funcionário.
Segundo Guterres, o crime é outro duro golpe contra os esforços humanitários para aliviar o sofrimento de 1 milhão de deslocados pela violêcia no país.
A Somália vive um conflito civil desde 1991 após a saída do presidente Siad Barre do poder.
Guterres lembrou que o Acnur é uma organização imparcial e apolítica que se preocupa somente com a situação de sofrimento de civis inocentes e desarmados.
Alvo
Segundo ele, é inconcebível que quem se dispõe a ajudar seja alvo de ataques.
O funcionário seqüestrado é o mais antigo empregado do Acnur na Somália. Ele também é conhecido no país por defender os direitos humanos e por campanhas humanitárias. Por causa da violência, ele teve que se mudar com a família da capital para os arredores.
Cerca de 450 mil somalis se refugiaram nos países vizinhos como Quênia e Etiópia.