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OIM lança centro contra tráfico humano na Colômbia (Português para o Brasil)

OIM lança centro contra tráfico humano na Colômbia (Português para o Brasil)

Órgão promoverá prevenção e proteção a vítimas e conta com apoio da ONU; 50 mil mulheres podem ter sido traficadas para exterior, diz Interpol.

Mônica Villela Grayley, Rádio ONU em Nova York.

A Organização Internacional para Migrações, OIM, inaugura, nesta sexta-feira, um Centro Operacional de Combate ao Tráfico de Seres Humanos, em Bogotá, capital da Colômbia.

O centro vai oferecer proteção a vítimas do tráfico e promover a identificação e punição dos traficantes.

Maiores Vítimas

De acordo com a Interpol, a Polícia Internacional, pelo menos 50 mil mulheres na Colômbia podem ter sido traficadas para o exterior para exploração sexual.

A porta-voz da OIM em Portugal, Marta Bronzin, disse à Rádio, de Lisboa, que as mulheres são as maiores vítimas em áreas de conflitos.

“De fato, a condição da mulher é uma condição de vulnerabilidade. Há também o aspecto de instabilidade e conflitos em algumas áreas do país. Há falta de oportunidades. Normalmente, a mulher tem um papel de sustentação da família. Sobretudo há falta de mais informação. Elas estão muito expostas a estes tipos de perigo e fenômeno. E esses números, de fato, dão uma idéia da dimensão do fenômeno no país”, explicou.

O Centro de Combate ao Tráfico Humano, na Colômbia, conta com o apoio do Escritório das Nações Unidas contra Drogas e Crime, Unodc, e do governo do país. O órgão também receberá ajuda financeira do Departamento de Estado Americano.

Mendicância

A Colômbia vive um conflito civil, há mais de quatro décadas, entre tropas do governo, grupos rebeldes e paramilitares.

Segundo a OIM, além de tráfico humano, as mulheres são alvos de trabalho escravo. Meninos e homens são forçados à mendicância e a trabalhos em fábricas e minas do país.

Os projetos da Organização Internacional para Migrações já ajudaram mais de 250 vítimas de tráfico humano na Colômbia desde o início das operações em 2001.