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ONU pede acesso urgente para ajuda a Mianmar

ONU pede acesso urgente para ajuda a Mianmar

Chefe de organização regional para Ásia e Pacífico, Escap, pediu ao governo que aceite entrada de Assistência Humanitária.

João Duarte, Rádio ONU em Nova York.

A secretária-executiva da Organização Regional das Nações Unidas para a Ásia e Pacífico, Noeleen Heyzer, disse que está profundamente preocupada com o que ela chamou de continuação da tragédia em Mianmar, a antiga Birmânia.

O país foi atingido pelo ciclone Nargis, no fim de semana. De acordo com o governo, 24 mil pessoas teriam morrido, mas há relatos de que o número de vítimas fatais pode chegar aos 100 mil.

Junta Militar

Segundo o subsecretário-geral de Assistência Humanitária, John Holmes, a entrada de ajuda no país, que é liderado por uma junta militar, ainda é muito lenta.

O encarregado do Ocha em Nova York, Carlos Monteiro, contou à Rádio ONU, como estão as conversações do Ocha com o governo birmanês para a passagem de ajuda humanitária.

“Continuamos a trabalhar com o governo de Mianmar no sentido de uma maior abertura para a entrada de pessoal humanitário que terá um impacto directo, digamos, na condução de avaliações no terreno e também apoiar os nossos colegas das Nações Unidas a trabalharem em Mianmar mas também o governo em si”, disse.

O subsecretário-geral informou que o Ocha lançará um apelo de emergência, esta sexta-feira, para socorrer cerca de 1,5 milhão de desabrigados.

Segundo dados do Fundo da ONU para a Infância, Unicef, 75 mil escolas foram completamente destruídas e 25 mil perderam os telhados.

Velocidade

A chefe do Escap, Noeleen Heyzer, pediu ao governo birmanês que acelere a emissão de vistos de entrada para trabalhadores de ajuda humanitária e que se possível suspenda a exigência de visto para trabalhadores da ONU para que as vítimas possam ser atendidas o mais rapidamente possível.