Sobem casos de HIV em África, diz Banco Mundial
Relatório defende aumento nos esforços de prevenção para inverter actual tendência.
João Duarte, Rádio ONU em Nova York.
O Banco Mundial lançou esta quarta-feira um relatório no qual afirma que os países africanos devem continuar a promover os esforços de prevenção a fim de abrandarem ou inverterem o aumento nas infecções por HIV/Sida.
Segundo o documento, o continente africano permanece o epicentro global da doença, em particular a África Subsaariana.
Mulheres
Pelo relatório, cerca de 22,5 milhões de africanos estão infectados com HIV. Mais de 60% dos infectados são mulheres.
De acordo com os estudos, por cada pessoa que inicia tratamento anti-retroviral, quatro a seis pessoas são infectadas.
O especialista em Sida da Organização Mundial de Saúde, Marco Vitória, disse à Rádio ONU, de Genebra, que tratamento e prevenção vão de mãos dadas.
Acções
“Para conseguirmos realmente atingir o controlo dessa epidemia é necessário que as acções que têm sido feitas com relação ao tratamento continuem sendo feitas e estimuladas até em nível mais alto e que acções de prevenção sejam promovidas de uma forma equilibrada, ou seja, tratamento e prevenção têm que ser vistas como duas faces de uma mesma moeda”, disse.
Dados contidos no relatório sugerem que apesar de alguns ganhos regionais em países como o Zimbabué, Malawi, Botswana e Gana, as taxas de infecção permanecem elevadas.