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Brasil introduzirá reforma em 2009, diz Cplp

Brasil introduzirá reforma em 2009, diz Cplp

Mudanças ortográficas do português ganham força após ratificação de acordo pelo Parlamento de Portugal.

João Duarte, Rádio ONU em Nova York.*

O secretário-executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, Cplp, embaixador Luís Fonseca, afirmou que o Brasil está se destacando no processo de reforma ortográfica da língua portuguesa.

Fonseca falou à Rádio ONU, antes da ratificação pelo Parlamento de Portugal, do Segundo Protocolo do Acordo, em 16 de maio.

Mais depressa

“Eu penso que o Brasil está a trabalhar mais depressa porque tem já uma comissão que prevê o início da sua introdução em 2009. Temos ainda que esperar que os três países a que eu me referi, a Guiné-Bissau, Angola e Moçambique, também ratifiquem o acordo”, disse.

A aprovação no Parlamento, ainda que com larga margem, não passou livre de críticas.

Muitos analistas dizem que a língua estaria sofrendo muita influência do português brasileiro.

Internacionalização

Mas de acordo com o ministro português da Cultura, José António Pinto Ribeiro, a reforma trará benefícios para todos.

Nesta entrevista exclusiva à Rádio ONU, de Lisboa, Pinto Ribeiro, explicou a posição do governo.

“Eu acho que o acordo ortográfico vai ajudar à internacionalização do português, à consolidação internacional do português. Porquê? Em primeiro lugar porque vai tornar mais simples a sua aprendizagem porque se trata de uma língua em que a sua escrita é um pouco mais próxima da fonética e portanto é mais evidente, é mais intuitiva”, afirma.

Segundo a Cplp, a reforma atingirá apenas cerca de 2% da escrita portuguesa, e deve entrar em vigor após a ratificação de sete dos oito países lusófonos.

Apresentação*: Mônica Villela Grayley, Rádio ONU em Nova York.